O dia Mundial dos pobres é celebrado a 13 de Novembro, no penúltimo domingo do ano litúrgico e a mensagem que o Papa Francisco nos deixa para assinalar esta jornada tem como tema; ‘Jesus Cristo fez-se pobre por vós’ (2 Cor, 8-9) e convida-nos a refletir sobre o nosso estilo de vida e as inúmeras pobrezas do tempo atual. Nessa linha, o Santo Padre começa por falar do início de luz que foi conseguirmos começar a superar as muitas perdas provocadas pela pandemia, à qual se seguiu imediatamente, a sombra terrível dde uma guerra que já trouxe tanta morte, tantos deslocados e destruição ao mundo – “Quantos pobres gera a insensatez da guerra!” e nós, Cristão, somos aqueles que, de coração atento, ajudamos com o que temos e o que somos, à imagem de Cristo. Abrimos as nossas portas e fronteiras para acolher tantos destes refugiados, acolhemos muitas famílias e ajudámo-los com o que temos. “Este é o momento de não ceder, mas de renovar a motivação inicial”, “a solidariedade é precisamente partilhar o pouco que temos com quantos nada têm, para que ninguém sofra. Quanto mais cresce o sentido de comunidade e comunhão como estilo de vida, tanto mais se desenvolve a solidariedade.”
O Papa alerta-nos, pois, para o risco da indiferença à medida que a guerra se arrasta e a economia nos traz mais pobres do que já havia antes: “No caso dos pobres, não servem retóricas, mas arregaçar as mangas e pôr em prática a fé através dum envolvimento direto, que não pode ser delegado a ninguém”, lembrando ainda que “não se trata de ter um comportamento assistencialista com os pobres”, mas sim da “atenção sincera e generosa que me permite aproximar dum pobre como de um irmão”, “ninguém pode sentir-se exonerado da preocupação pelos pobres e pela justiça social”. Há um paradoxo na pobreza de Cristo que é difícil de aceitar porque embate na lógica humana, diz-nos o Papa, “é uma pobreza que nos torna ricos”. ou seja, que “a verdadeira riqueza não consiste em acumular «tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar» (Mt 6, 19), mas, antes, no amor recíproco que nos faz carregar os fardos uns dos outros, para que ninguém seja abandonado ou excluído”, essa é a “pobreza libetadora” a que Jesus nos convida.
No mês de Novembro em que nos encontramos, tão pertinho já do Natal, sabemos que temos muitos, aqui mesmo à nossa beira que nos convocam a viver esta palavra, pelo que não podemos ficar a ela indiferentes.
Leia aqui a mensagem integral do Santo Padre para o VI dia mundial dos pobres.
