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Baptismo

O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão. 

Chama-se Baptismo, por causa do rito central com que se realiza: baptizar significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele como «nova criatura» (2 Cor 5, 17; Gl 6, 15). 

Catecismo da Igreja Católica, 1213-1214


Qualquer pessoa não baptizada pode pedir o baptismo. As condições para receber este primeiro sacramento variam consoante a idade:

Baptismo das Crianças (até aos 6 anos) – Quem pede o Baptismo são os pais que se responsabilizam por educar na fé cristã os seus filhos. Pode escolher-se a data respeitando a agenda paroquial.

Baptismo das Crianças e Jovens (7-17) – Quem pede o Baptismo é o próprio com a aceitação dos pais. Deve andar na catequese conforme à sua idade. A data habitual para a celebração é o Domingo da Páscoa. Celebra todos os Sacramentos da Iniciação Cristã.

Batismo dos Adultos (18+) – Quem pede o Baptismo é o próprio que deve ter a catequese, a participação na vida paroquial e um modo de vida conforme à Fé que quer professar. A celebração será em data a estabelecer em cada ano com o senhor Bispo que presidirá ao Rito. Celebra todos os Sacramentos da Iniciação Cristã.

Batismo, Fundamento da nossa Fé 

PAPA FRANCISCO: AUDIÊNCIA GERAL

O Baptismo é o sacramentos sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual constitui como que um único, grande evento sacramental que nos configura com o Senhor e nos torna um sinal vivo da sua presença e do seu amor.

Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Baptismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, uma acto formal da Igreja para dar o nome ao menino ou à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a este propósito, é esclarecedor quanto escreve o apóstolo Paulo: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na Sua morte? Pelo baptismo sepultámo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). Por conseguinte, não é uma formalidade! É um acto que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança baptizada ou uma criança não baptizada não é a mesma coisa. Uma pessoa baptizada ou uma pessoa não baptizada não é a mesma coisa. Nós, com o Baptismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.

Muitos de nós não recordam minimamente a celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos baptizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Baptismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisamente naquela corrente de salvação de Jesus. E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um conselho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procurai, perguntai a data do Baptismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Baptismo. Conhecer a data do nosso Baptismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Então acabamos por considerá-lo só como um evento que aconteceu no passado — e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais — por conseguinte, já não tem incidência alguma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Baptismo. Somos chamados a viver o nosso Baptismo todos os dias, como realidade actual na nossa existência. Se seguimos Jesus e permanecemos na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossa fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornámos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. Com efeito, é em virtude do Baptismo que, libertados do pecado original, somos inseridos na relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Baptismo nos dá esta nova esperança: a esperança de percorrer o caminho da salvação, a vida inteira. E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não decepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilude. É graças ao Baptismo que somos capazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Baptismo ajuda-nos a reconhecer no rosto dos necessitados, dos sofredores, também do nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Baptismo!

Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode baptizar-se a si mesma? Ninguém pode baptizar-se a si mesma! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas temos sempre a necessidade de alguém que nos confira este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Baptismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna.

Ao longo da história sempre um baptiza outro, outro, outro… é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não me posso baptizar sozinho: devo pedir o Baptismo a outra pessoa. É um acto de fraternidade, uma acto de filiação à Igreja. Na celebração do Baptismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.

Peçamos então de coração ao Senhor podermos para experimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que recebemos com o Baptismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçais a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Baptismo. Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Baptismo, porque é um dia de festa.

Batismo, tornamo-nos membros do Corpo da Igreja

PAPA FRANCISCO: AUDIÊNCIA GERAL

Com efeito, assim como a vida se transmite de geração em geração, também de geração em geração, através do renascimento na pia baptismal, é transmitida a graça, e com esta graça o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e propaga no mundo a bênção de Deus. Desde que Jesus disse o que ouvimos do Evangelho, os discípulos partiram para baptizar; e desde aquela época até hoje há uma cadeia na transmissão da fé mediante o Baptismo. E cada um de nós é um elo daquela corrente: um passo em frente, sempre; como um rio que irriga. Assim é a graça de Deus, assim é a nossa fé, que devemos transmitir aos nossos filhos, às crianças, para que elas, quando forem adultas, possam transmiti-la aos seus filhos. Assim é o baptismo. Porquê? Porque o baptismo nos faz entrar neste Povo de Deus, que transmite a fé. Isto é deveras importante. Um Povo de Deus que caminha e transmite a fé.

Em virtude do Baptismo nós tornamo-nos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo (cf. Exortação Apostólica Evangelii gaudium, 120). «Cada um dos baptizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito activo de evangelização… A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo» (ibid.) da parte de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo de cada baptizado. O Povo de Deus é um Povo discípulo — porque recebe a fé — e missionário — porque transmite a fé. É isto que o Baptismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e somo-lo sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pequenino é missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tudo, e não é discípulo». Não, até os bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos não farão o bem, não poderão ser missionários nem transmitir a fé. Todos nós somos discípulos e missionários.

Existe um vínculo indissolúvel entre as dimensões mística e missionária da vocação cristã, ambas arraigadas no Baptismo. «Ao receber a fé e o batismo, os cristãos acolhem a ação do Espírito Santo, que leva a confessar a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus “Abba”, Pai. Todos os batizados e batizadas… são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois “a evangelização é um chamado à participação da comunhão trinitária”» (Documento final de Aparecida, n. 157).

Ninguém se salva sozinho. Somos uma comunidade de fiéis, somos Povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de compartilhar a experiência de um amor que nos precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para ser «canais» da graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e pecados. A dimensão comunitária não é apenas uma «moldura», um «contorno», mas constitui uma parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização. A fé cristã nasce e vive na Igreja, e no Baptismo as famílias e as paróquias celebram a incorporação de um novo membro a Cristo e ao seu corpo, que é a Igreja (cf. ibid., n. 175b).

A propósito da importância do Baptismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã no Japão. Ela padeceu uma perseguição árdua no início do século XVII. Houve numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis foram assassinados. No Japão não permaneceu nem sequer um sacerdote, todos foram expulsos. Então, a comunidade retirou-se na clandestinidade, conservando a fé e a oração no escondimento. E quando nascia um filho, o pai ou a mãe baptizavam-no, pois todos os fiéis podem baptizar em circunstâncias particulares. Quando, depois de cerca de dois séculos e meio, 250 anos mais tarde, os missionários voltaram para o Japão, milhares de cristãos saíram do escondimento e a Igreja conseguiu reflorescer. Sobreviveram com a graça do seu Baptismo! Isto é grande: o Povo de Deus transmite a fé, baptiza os seus filhos e vai em frente. E apesar do segredo, mantiveram um vigoroso espírito comunitário, porque o Baptismo os tinha levado a constituir um único corpo em Cristo: viviam isolados e escondidos, mas eram sempre membros do Povo de Deus, membros da Igreja. Podemos aprender muito desta história!

Perguntas
Rápidas

Qualquer pessoa pode e deve receber este Sacramento.

Até aos 7 anos de idade é necessária a vontade dos pais e o seu compromisso em educar na fé aquele(a) por quem pedem o baptismo.

Dos 7 aos 17 anos de idade é necessária a vontade do próprio e a aceitação dos pais. Requer-se também que já tenham a devida formação e integração na vida comunitária.

Para os maiores de 18 é necessária a vontade do próprio e a devida formação e integração na vida comunitária

A data e hora da celebração do Baptismo é combinada directamente com o Cartório Paroquial para as crianças até aos 7 anos de idade.

Para as crianças e adolescentes, a data do baptismo é no Domingo da Páscoa numa das missas paroquiais.

Para os adultos, a data do baptismo será marcada a cada ano (normalmente depois da Páscoa) consoante a agenda do senhor bispo que presidirá à celebração. 

Geralmente o Batismo é celebrado na Igreja Paroquial; contudo, pode ser celebrado noutra igreja da paróquia com a devida autorização.

A criança pode ter um padrinho ou uma madrinha; ou um padrinho e uma madrinha.

Segundo o Código de Direito Canónico, as condições para ser padrinho/madrinha de baptismo são as seguintes:

  • O padrinho/madrinha não seja o pai ou a mãe da criança;
  • Tenha completado dezasseis anos de idade;
  • Seja católico, confirmado, tenha recebido a Santíssima Eucaristia;
  • Leve uma vida consentânea com a fé e o múnus que vai desempenhar;
  • Não esteja abrangido por nenhuma pena canónica;
Sim. Os pais podem informar-se das datas no Cartório Paroquial ou fazer a formação noutra paróquia se assim o entendrem.
  • Impresso para o baptismo da paróquia de Cascais;
  • Cópia da Certidão de Nascimento da criança (Registo Civil);
  • Documento de Transferência de Baptismo (se residir noutra Paróquia e tiver menos de 7 anos);

Por altura do Baptismo a família poderá fazer uma oferta à Paróquia.

Este donativo destina-se a apoiar nas obras de apostolado e caridade desta comunidade.

As eventuais dúvidas ou pedidos de informação devem ser apresentados preferencialmente no cartório da paróquia, de modo a obter a resposta mais adequada.

Clique aqui para conhecer as normas em vigor no Patriarcado de Lisboa sobre a celebração dos Sacramentos.

Documentos

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baptismo

IMPRESSO INSCRIÇÃO

01 / 12 / 2021