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Matrimónio

A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher constituem entre si uma comunidade íntima de vida e de amor; foi fundada e dotada das suas leis próprias pelo Criador. Pela sua natureza, ordena-se ao bem dos cônjuges, bem como à procriação e educação dos filhos. Entre os baptizados, foi elevada por Cristo Senhor à dignidade de sacramento.

O sacramento do Matrimónio significa a união de Cristo com a Igreja. Confere aos esposos a graça de se amarem com o amor com que Cristo amou a sua Igreja; a graça do sacramento aperfeiçoa assim o amor humano dos esposos, dá firmeza à sua unidade indissolúvel e santifica-os no caminho da vida eterna.

O Matrimónio assenta no consentimento dos contraentes, quer dizer; na vontade de se darem mútua e definitivamente, com o fim de viverem uma aliança de amor fiel e fecundo.

A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimónio. 

O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão, «Igreja doméstica», comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã.

Catecismo da Igreja Católica, 1660-1666   

PAPA FRANCISCO: AUDIÊNCIA GERAL

Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do Matrimónio, Deus, por assim dizer, «espelha-se» neles, imprime neles os seus lineamentos e o carácter indelével do seu amor. O matrimónio é o ícone do amor de Deus por nós. Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisamente nisto que consiste o mistério do Matrimónio: dos dois esposos Deus faz uma só existência. A Bíblia usa uma expressão forte e diz «uma só carne», tão íntima é a união entre o homem e a mulher no matrimónio! Eis precisamente o mistério do matrimónio: o amor de Deus reflecte-se no casal que decide viver junto. Por isso, o homem deixa a sua casa, a casa dos seus pais, e vai viver com a sua mulher, unindo-se tão fortemente a ela que os dois se tornam — reza a Bíblia — uma só carne.

Na Carta aos Efésios, São Paulo frisa que nos esposos cristãos se reflecte um mistério grandioso: a relação instaurada por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cf. Ef 5, 21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Esta é a relação. Isto significa que o Matrimónio corresponde a uma vocação específica e deve ser considerado uma consagração (cf. Gaudium et spes, 48; Familiaris consortio, 56). É uma consagração: o homem e a mulher são consagrados no seu amor. Com efeito, em virtude do Sacramento, os esposos são revestidos de uma autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a dar a vida por ela na fidelidade e no serviço.

No sacramento do Matrimónio há um desígnio deveras maravilhoso! E realiza-se na simplicidade e até na fragilidade da condição humana. Bem sabemos quantas dificuldades e provas enfrenta a vida de dois esposos… O importante é manter viva a união com Deus, que está na base do vínculo conjugal. E verdadeira unidade é sempre com o Senhor. Quando a família reza, o vínculo mantém-se. Quando o esposo reza pela esposa, e a esposa ora pelo esposo, aquela união revigora-se; um reza pelo outro. É verdade que na vida matrimonial existem muitas dificuldades, muitas; que o trabalho, que o dinheiro não é suficiente, que os filhos enfrentam problemas. Tantas dificuldades! E muitas vezes o marido e a esposa tornam-se um pouco nervosos e brigam entre si. Discutem, é assim, sempre se alterca no matrimónio, e às vezes até voam pratos! Mas não devem entristecer-se por isso, pois a condição humana é mesmo assim! E o segredo é que o amor é mais forte do que o momento do litígio, e é por isso que eu aconselho sempre aos cônjuges: não deixeis que termine o dia em que discutistes, sem fazer as pazes. Sempre! E para fazer as pazes não é necessário chamar as Nações Unidas, que venham a casa para instaurar a paz. É suficiente um pequeno gesto, uma carícia… E até amanhã! E amanhã tudo recomeça! Esta é a vida. É preciso levá-la adiante assim, levá-la em frente com a coragem de querer vivê-la juntos. E isto é grandioso, é bonito!

A vida matrimonial é realmente bela, e devemos preservá-la sempre, cuidando dos filhos. Outras vezes eu já disse nesta Praça algo que contribui muito para a vida matrimonial. Trata-se de três palavras que é necessário pronunciar sempre, três palavras que devem existir sempre em casa: com licença, obrigado, desculpa. Eis as três palavras mágicas. Com licença: para não se intrometer na vida dos cônjuges. Com licença, como te parece isto? Com licença, permite-me. Obrigado: agradecer ao cônjuge; obrigado por aquilo que fizeste por mim, obrigado por isto. A beleza da gratidão! E dado que todos nós erramos, há outra palavra um pouco difícil de pronunciar, mas necessária: desculpa. Com licença, obrigado e desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa e vice-versa, voltando a fazer as pazes sempre antes que o dia termine, o matrimónio irá em frente. As três palavras mágicas, a oração e fazer as pazes sempre! Que o Senhor vos abençoe e orai por mim!

Perguntas
Rápidas

Pode pedir o Sacramento do matrimónio qualquer casal. Desde que os noivos sejam maiores de idade, que pelo menos um seja baptizado, que não tenham nenhum impedimento e que em consciência e liberdade o solicitem à Igreja.

Quanto antes – Escolher e marcar o local do casamento com a respectiva paróquia.

6 meses antes, na paróquia de residência da noiva – Tratar do Processo Canónico para casamento católico.

Entre 6 a 3 meses antes, na Conservatória de Registo Civil – Tratar do Processo Civil para casamento católico.

Durante o noivado – Aferir qual o CPM que podem participar para preparar a celebração do vosso Casamento.

No último mês, na paróquia onde se vai realizar a celebração – Entregar toda a documentação necessária e acertar os pormenores da celebração.

Com tempo adequado – Preparar a celebração com o sacerdote que irá presidir.

  • Documento original do Certificado de Estado Livre (Registo Civil);
  • Certificado “NADA OBSTA” emitido pelo Patriarcado de Lisboa (pedido ao Patriarcado pela paróquia que está a tratar do processo).

 

Este Certificado tem a validade de 1 ano;

  • Indicação de mudança de apelidos dos noivos;
  • Nome, estado civil e residência completa das 2 testemunhas do casamento e apresentar fotocópia ou fotografia do documento de identificação das testemunhas (C.C./Passaporte), para serem conferidos os dados;
  • Nome completo do Sacerdote/Diácono que irá presidir à celebração
As eventuais dúvidas ou pedidos de informação devem ser apresentados preferencialmente no cartório da paróquia, de modo a obter a resposta mais adequada.

Clique aqui para conhecer as normas em vigor no Patriarcado de Lisboa sobre a celebração dos Sacramentos.

Para preparar a celebração do Matrimónio

Ordem da celebração