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Unção dos Enfermos

Pela santa Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor, sofredor e glorificado, para que os alivie e os salve: mais ainda, exorta-os a que, associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do povo de Deus.

O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que enfrenta as dificuldades inerentes ao estado de doença grave ou de velhice.

A graça especial do sacramento da Unção dos Enfermos tem como efeitos:

  • a união do doente à paixão de Cristo, para o seu bem e para o de toda a Igreja;
  • o conforto, a paz e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice;
  • o perdão dos pecados, se o doente não pôde obtê-lo pelo sacramento da Penitência;
  • o restabelecimento da saúde, se tal for conveniente para a salvação espiritual;
  • a preparação para a passagem para vida eterna.

 
Catecismo da Igreja Católica, 1499.1527.1532

PAPA FRANCISCO: AUDIÊNCIA GERAL

1. Há um ícone bíblico que expressa em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos enfermos: é a parábola do «bom samaritano», no Evangelho de Lucas (10, 30-35). Todas as vezes que celebramos este Sacramento, o Senhor Jesus, na pessoa do sacerdote, torna-se próximo de quem sofre e está gravemente doente, ou é idoso. Diz a parábola que o bom samaritano se ocupa do homem sofredor derramando sobre as suas feridas óleo e vinho. O óleo faz-nos pensar no que é abençoado pelos bispos todos os anos, na Missa crismal da Quinta-Feira Santa, precisamente em vista da Unção dos enfermos. O vinho, ao contrário, é sinal do amor e da graça de Cristo que brota do dom da sua vida por nós e expressam em toda a sua riqueza na vida sacramental da Igreja. Por fim, a pessoa sofredora é confiada a um hoteleiro, a fim de que continue a ocupar-se dela, sem se preocupar com a despesa. Mas, quem é este hoteleiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais todos os dias o Senhor Jesus confia aqueles que estão aflitos, no corpo e no espírito, para que possamos continuar a derramar sobre eles, sem medida, toda a sua misericórdia e salvação.

2. Este mandato é reafirmado de maneira explícita e clara na Carta de Tiago, na qual se recomenda: «Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (5, 14-15). Por conseguinte, trata-se de uma prática que já se usava na época dos Apóstolos. Com efeito, Jesus ensinou aos seus discípulos a ter a sua mesma predilecção pelos doentes e pelos sofredores e transmitiu-lhes a capacidade e a tarefa de continuar a conceder no seu nome e segundo o seu coração alívio e paz, através da graça especial deste Sacramento. Mas isto não nos deve fazer cair na busca obstinada do milagre ou na presunção de poder obter sempre e apesar de tudo a cura. Mas é a certeza da proximidade de Jesus ao doente e também ao idoso, porque cada idoso, cada pessoa com mais de 65 anos, pode receber este Sacramento, mediante o qual é o próprio Jesus que se aproxima.

Mas na presença de um doente, por vezes pensa-se: «chamemos o sacerdote para que venha»; «Não, dá azar, não o chamemos», ou então, «o doente assusta-se». Por que se pensa assim? Porque um pouco há a ideia de que depois do sacerdote venha a agência funerária. E isto não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso; por isto é tão importante a visita dos sacerdotes aos doentes. É preciso chamar o sacerdote para junto do doente e dizer: «venha, dê-lhe a unção, abençoe-o». É o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados. E isto é muito bonito! E não se deve pensar que isto seja um tabu, porque é sempre bom saber que no momento da dor e da doença não estamos sós: com efeito, o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno. Mas o maior conforto provém do facto de que quem está presente no Sacramento é o próprio Senhor Jesus, que nos guia pela mão, nos acaricia como fazia com os doentes e nos recorda que já lhe pertencemos e que nada — nem sequer o mal nem a morte — jamais nos poderá separar d’Ele. Temos este hábito de chamar o sacerdote para que aos nossos doentes — não digo doentes de gripe, uma doença de 3-4 dias, mas quando é uma doença séria — e também para os nossos idosos, venha lhes conferir este Sacramento, este conforto, esta força de Jesus para ir em frente? Façamo-lo!

Perguntas
Rápidas

Qualquer baptizado que esteja a sofrer com uma doença que possa pôr em risco a sua vida. Pode receber também quem estiver para ser sujeito a um procedimento médico que possa pôr a sua vida em risco. Pode receber-se várias vezes ao longo da vida sempre que as circunstâncias acima descritas se repitam.
A celebração deste sacramento consiste essencialmente na unção com o Óleo dos Enfermos, benzido pelo Bispo na Missa Crismal, na fronte e nas mãos do doente, acompanhada pela oração do sacerdote que implora a graça especial deste sacramento.

Sempre que um doente ou família solicitem o sacerdote dirigir-se-á a casa, unidade de saúde ou acolherá o doente na igreja para celebrar este sacramento.

Também é comum (em data a anunciar cada ano) a paróquia organizar uma celebração comunitária na igreja paroquial onde as famílias podem trazer os seus doentes para em conjunto receberem este sacramento.

As eventuais dúvidas ou pedidos de informação devem ser apresentados preferencialmente no cartório da paróquia, de modo a obter a resposta mais adequada.

Clique aqui para conhecer as normas em vigor no Patriarcado de Lisboa sobre a celebração dos Sacramentos.

Documentos

data

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UNÇÃO DOS DOENTES

01 / 12 / 2021