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19 de Novembro | VII Dia Mundial dos Pobres

Neste domingo, dia 19 de Novembro (o domingo que antecede aquele em que celebramos a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo), a Igreja assinala o VII dia mundial dos pobres, com o lema: “Nunca afastes teu olhar de algum pobre” (Tb 4,7) , escolhido pelo Santo Padre na sua mensagem para esta jornada de reflexão e mudança.

O lema é retirada do Livro de Tobite, no qual este, preocupado com a vida do filho, Tobias, deseja que este caminhe na justiça e no amor aos mais necessitados, pedindo-lhe que nunca afaste o seu olhar dos pobres dizendo-lhe que, assim, nunca se afastará dele o olhar de Deus.

O velho Tobite teme não voltar a ver o filho e, por isso, deixa-lhe o seu «testamento espiritual». Foi deportado para Nínive e agora está cego; é, por conseguinte, duplamente pobre, mas sempre viveu com a certeza que o próprio nome exprime: «O Senhor foi o meu bem».

É neste ânimo que Tobite pede ao filho que vá a Nínive procurar um pobre que com eles se sente à mesa para celebrar a festa de Pentecostes.

O desejo do Papa é que repliquemos este gesto no nosso mundo, pela partilha de alimentos com os mais pobres como gesto inevitável que sucede a festa da Eucaristia e que o façamos com a firmeza de ânimo de Tobite que são fruto da graça de Deus e que nos mostram essa mão que sempre nos ampara e sustenta, quando, também nós, nos descobrimos pobres e humildes e escolhemos amá-lo ainda de coração de inteiro. Quando essa fragilidade (pobreza) nos abate, percebemos e vemo-nos no pedido de Tobite: Nunca afastes o teu olhar dos pobres.

“Vivemos um momento histórico que não favorece a atenção aos mais pobres.”

O Santo Padre pede-nos que contrariemos os valores do mundo, em que o ser virtual fala mais alto do que a nossa comoção interior com o sofrimento e a penúria dos que vivem à nossa beira, lembrando-nos que a caridade é a vocação de todos os cristãos.

Os pobres são pessoas, não são uma estatística, lembra o Papa, eles têm um rosto que importa olhar, uma história, um coração e uma alma, com valores e defeitos, como todos nós, mas é importante estabelecer com eles uma relação, vê-los como irmãos, filhos do mesmo Deus que nos irmana com Cristo.

“O Livro de Tobias ensina-nos a ser concretos no nosso agir com e pelos pobres.”

Procuremos, pois, gestos concretos, para que, individual e comunitariamente, bem à maneira de Jesus, consigamos fazer a diferença na vida dos nossos irmãos mais desfavorecidos, é essa a vivência do Evangelho em que acreditamos.

Nunca desviemos o nosso olhar de um pobre, pois nele vamos encontrar o rosto vivo, humano e divino de Jesus.

Este dia, no Santuário de Fátima, vai ficar marcado pela inauguração da obra escultórica “Jesus sem-abrigo”, réplica de uma peça presente no Vaticano e em várias cidades do mundo.