A direcção espiritual ajuda sobretudo no maior conhecimento de Deus e de si mesmo. Na conversa com o director espiritual podem-se iluminar alguns aspectos da nossa vida e abrirem-se novos horizontes de crescimento.

Não há nenhum requisito prévio para se começar um acompanhamento de direcção espiritual. Na origem deve estar, no entanto, um desejo de querer seguir de perto o Senhor Jesus e uma vontade de caminhar, rezar e mudar de vida para viver mais de acordo com o Evangelho.

Sobretudo, sinceridade, humildade e vontade de crescer na relação com Deus. É preciso também liberdade para se escolher o bem: o Director Espiritual não é um ditador do caminho certo: pode sugerir diferentes caminhos possíveis, ajudar a tornar mais claro opções de vida mas quem decide é sempre o próprio. Não se pode estar à espera que o Director Espiritual decida por nós, é preciso usar da própria liberdade.

Como nos diz o Senhor Jesus, um cego não pode guiar outro cego (Lc 6, 39), ou seja, convém que os guias espirituais sejam pessoas com uma certa maturidade na fé e experiência comprovada de vida cristã. O carisma da Direcção Espiritual não é exclusivo dos sacerdotes, mas faz parte do seu ministério enquanto pastores de almas. Não há nenhum reconhecimento oficial da Igreja quanto a quem é idóneo para ser director espiritual, mas é possível também que sejam directores espirituais irmãos e irmãs consagradas, tal como homens e mulheres casados. O critério é a comunhão com Cristo e a Sua Igreja e a maturidade na fé.

Sim, pode, desde que o mesmo aceite e esteja disponível. Convém até que haja uma certa compatibilidade humana com quem escolhe como director espiritual, de forma a facilitar a comunicação entre os dois.

Então a direcção espiritual é um instrumento valiosíssimo nessa caminhada de descoberta do plano de Deus para a própria vida. É talvez o instrumento mais eficaz nesse sentido, pois abrindo a vida a outro em quem podemos confiar podemos perceber melhor a vontade de Deus para a nossa vida.